segunda-feira, 16 de abril de 2012

Carlos Gomes foi libertado

Carlos Gomes Junior acaba de ser libertado e encontra-se neste momento em reunião com a delegação da CEDEAO, em Bissau. A delegação da CEDEAO fica proxima a casa do ex primeiro Minsitro.

Quanto ao ex presidente interino Raimundo Pereira as informações são escassas. Sabe-se que estará bem e em segurança.

Reviravolta em Bissau

Na Guiné a recolher obrigatório isntaurado após o golpe do dia 12 de Abril, acaba de ser levantado, assim como a interdição da utilização do espaço aereo e maritmio, foi anulada.

Quererá isso dizer que os militares revoltosos,  estão a dar sinais de abertura e de dialogo com a comunidade internacional, ou será reconhecem que terão poucas oportunidades de sucessos?

Sabe-se que nem todos os militares estão ao lado de revoltosos e que há deserção de muitos descontentes. Apelos que chegam do país falam de descontentamento generalizado de populares, que aliás, organizados à volta de centrais sindicais e organização de sociedade civil, têm demonstrado o seu repúdio à acção da classe castrense.

Dados recentemente divulgados, tais como a possível libertação de Carlos Gomes Junior. O facto de as Rádios privadas serem de novo autorizadas a retomar as suas emissões. A indisponibilidade de vários politicos que participaram de reuniões com os Militares com vias a constituição de um governo de transição, ou unidade nacional, de participarem do mesmo, na verdade deixa poucas alternativas para os golpistas. A estrategia seria muito provavelmente uma inversão de dados.

Aguardemos os próximos desenvolvimento

Apelos de Guieneenses atraves da internet

Carta Aberta à CPLP de Apoio à Guiné-Bissau



Para: Cidadãos Lusófonos

Nós, Cidadãos Lusófonos, estamos fartos:
- estamos fartos de grandes proclamações retóricas, sem qualquer atitude consequente.
- estamos fartos de ouvir que “a nossa pátria é a língua portuguesa”, sem que isso tenha depois qualquer resultado.
- estamos fartos de escutar que a convergência lusófona é o nosso grande desígnio estratégico, sem que depois se dêem passos concretos nesse sentido.

Nós, Cidadãos Lusófonos, sabemos bem que a CPLP só faz o que os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa a deixam fazer e, por isso, responsabilizamos sobretudo os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa pela inoperância da CPLP, 15 anos após a criação. Muitos desses Governos parecem continuar a considerar que a CPLP só serve para promover sessões de poesia – nada contra: sempre houve na nossa língua excelentes poetas. Mas a CPLP tem que agir muito mais – não só no plano cultural, mas também no plano social, económico e político.

A situação a que chegou a Guiné-Bissau é um dos exemplos maiores dessa inoperância. Como o MIL há vários anos alertou, teria sido necessário que a CPLP se tivesse envolvido de modo muito mais firme, para além das regulares proclamações grandiloquentes em prol da paz, proclamações tão grandiloquentes quanto inócuas. Como sempre defendemos, exigia-se a constituição de uma FORÇA LUSÓFONA DE MANUTENÇÃO DE PAZ para realmente pacificar a Guiné-Bissau e defender o povo irmão guineense dos desmandos irresponsáveis e criminosos de muitas das suas autoridades políticas e militares.

Dada a situação extrema a que se chegou, só agora a CPLP parece acordar, ao propor “uma força de interposição para a Guiné-Bissau, com mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em articulação com a CEDEAO - Comunidade Económica dos Países de África Ocidental, a União Africana e a União Europeia”, bem como a “aplicação de sanções individualizadas” aos militares envolvidos neste último golpe militar – nomeadamente, a “proibição de viagens, congelamento de bens e responsabilização criminal”.

Obviamente, nós, Cidadãos Lusófonos, concordamos com essas propostas. Apenas esperamos que não cheguem demasiado tarde. E, sobretudo, que não fiquem por aí. O apoio à Guiné-Bissau terá que se estender aos mais diversos planos – desde logo, ao da Educação, da Saúde e da Economia. É mais do que tempo que o povo martirizado da Guiné-Bissau possa viver em paz, com acesso à Educação e à Saúde e com uma Economia que lhe permita viver dignamente.

Nós, Cidadãos Lusófonos, exigimos isso.
E por isso exortamos a CPLP a dar, finalmente, passos concretos nesse sentido.

MIL: Movimento Internacional Lusófono
www.movimentolusofono.org

Os signatários

Napat da Costa
Tlm: 002389177183/ 002456123392
Praia
Cabo Verde
ISCEE ( Insttituto Superior de Ciências Economicas e Empresarias)
Tira Chápeu

Transição em marcha na Guiné-Bissau

(RFI)
Chegou nesta segunda-feira uma missão da CEDEAO à capital guineense para se avistar com as novas autoridades. Enquanto isso os militares e parte dos partidos políticos limam arestas para dar corpo ao Conselho nacional de transição que assume os poderes após a dissolução dos órgãos constitucionais.

Foi, pois, uma opção não constitucional a ser sufragada pelos militares e os partidos políticos que com eles negoceiam uma transição para a Guiné-Bissau.

Na prática os órgãos de soberania constitucionais existentes até ao golpe de Estado de 12 de Abril ficaram sem efeito.

A CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, enviou a Bissau uma missão chefiada por Kadré Désiré Ouédraogo, presidente da comissão da organização sub-regional, para insistir no restabelecimento da ordem constitucional.

Mas os militares até ao momento fazem orelhas moucas às exigências da comunidade internacional de restabelecimento da ordem constitucional.

O projecto português do envio de uma força militar, naval e aérea, para eventualmente resgatar cidadãos portugueses e estrangeiros que pretendam abandonar a Guiné-Bissau teria provocado algum alarmismo por parte da população da capital.

Guiné-Bissau: Rádios privadas voltam a emitir

Bissau, 16 Abr (Lusa) - As rádios privadas da Guiné-Bissau, que domingo tinham sido mandadas encerrar pelos militares, voltaram a emitir na tarde de hoje, constatou a Lusa.

O Comando Militar que na quinta-feira tomou o poder na Guiné-Bissau voltou domingo a mandar encerrar as rádios privadas, depois de ter dado autorização de emissão no sábado.

Na quinta-feira, dia do golpe, as rádios e a televisão da Guiné-Bissau foram encerradas pelos militares.

Possível libertação de Carlos Gomes Junior

De Bissau chega a noticia de que Carlos Gomes Junior pode ser libertado dentro de horas. Não se sabe ainda se esta libertação será devido aos sucessivos pedidos da comunidade internadional, ou se será decorrente do estado de saude do candidato às eleições presidenciais.

Referente aos outros detidos decorrente do lenvantamento militar, nomeadamente da situação do ex presidente interino, Raimundo Pereira, nada se  avançou.

Sabe-se que a intenção do Comando Militar é que o ex Primeiro Ministro e ex Presidente Interino assinem um documento de resignação e que para o efeito, receia-se que estivessem a ser coagidos. A assinatura de tal documento coroaria de exito as intenções dos revoltosos e tá certa medida legitimaria o levantamento do dia 12 de Abril.

Segundo a Ditadura do Consenso o Comando Militar pede calma à população.

O Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) da Guiné-Bissau divulgou nesta segunda-feira um comunicado a apelar à calma da população, porque "a situação está sob o total controlo" do Comando Militar.

O comunicado surge na sequência de o Comando ter tomado conhecimento "da situação de pânico dominante neste momento, no seio da sociedade civil guineense, decorrente, como é natural, do levantamento militar" de quinta-feira passada.

Além de apelar à população para se manter serena e calma nas suas residências, o comando diz que a formação do Governo de transição, "que vai permitir a retoma do normal funcionamento das instituições públicas, é uma questão apenas de tempo".

"Quanto à possibilidade da Guiné-Bissau sofrer algum ataque militar externo a questão não passa da interpretação errada das notícias veiculadas pelos órgãos estrangeiros de comunicação social ou rumores levantados, com o propósito de confundir a opinião pública, por pessoas sobejamente conhecidas da nossa sociedade", diz também o comunicado.

São rumores de pessoas, acrescenta, "que se conformaram com a vida de corrupção, impunidade e assassinatos políticos", e "desprovidas de sentido patriótico, não habituadas a honestidade e ao clima da verdadeira democracia se pretende para breve instalar no país".

Na manhã desta segunda-feira muitos guineenses de Bissau deixaram a capital, a caminho do interior, com medo da instabilidade que se vive decorrente do golpe de Estado de quinta-feira. 

Guiné-Bissau: Professor Costa Dias defende intervenção militar estrangeira

Especialista em Guiné diz que o golpe de Estado não foi um acto inesperado e foi forjado numa aliança de circunstância entre os militares e a oposição

O professor Eduardo Costa Dias disse que o golpe de Estado na Guiné-Bissau não era de todo inesperado, e defendeu por isso uma intervenção militar estrangeira no país.

Na sua análise à Voz da América, Costa Dias que é docente do Centro de Estudos Africanos do ISCTE em Lisboa, considera o actual golpe militar como o resultado de uma aproximação dos militares à oposição. Uma oposição composta pelos 5 candidatos menos votados nas eleições presidenciais.

Para esse especialista da Guiné, o golpe de Estado tem por objectivo criar um governo de unidade nacional e adiar sine-die o desfecho das eleições presidenciais previsto para o dia 29 deste mês.

Segundo o nosso interlocutor, “há dois meses a tropa comandada pelo General Indjai aproximou-se da oposição tendo deixado em suspenso e sem o seu apoio o governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e os poderes estabelecidos.”

Essa aliança com a oposição adiantou o Professor Costa Dias, terá alimentado na oposição guineense o sentimento de que as eleições presidenciais tinham que ser adiadas.

Penso que um número significativo de candidatos das eleições presidenciais sempre pensou que esta era a bomba atómica ideal para adiar as eleições e tentar fazer um governo dito de unidade nacional que atirasse as eleições para daqui à muito tempo depois de um hipotético novo recenseamento eleitoral,” rematou o professor Eduardo Costa Dias.


Acompanhe as declarações do professor Eduardo Costa Dias
(Com Voz de America)

Comunicado nº 2 da Liga Guineense dos Direitos Humanos

Comunicado à Imprensa


No quadro da sua missão de promoção e defesa intransigente dos direitos humanos, a Direcçao Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos criou um gabinete de crise com o objectivo de monitorizar as violações dos direitos em curso no país decorrente da alteração da ordem constitucional, protagonizada pelo Estado-Maior General das Forças Armadas. Conquanto, o referido Gabinete tem recebido de forma sistemática denuncia de cidadãos comuns que dão conta das violações dos direitos humanos que tem ocorrido, na sequencia do golpe de estado do passado 12 de Abril de 2012.

A liberdade de imprensa, da reunião e de manifestação constituem alicerces e manifestações intrínsecas à democracia, ou seja, traduzem no controlo efectivo do poder por parte de quem o outorga aos governantes, em homenagem aos ideais da estabilidade governativa e dos princípios do estado de direito.

Na sequência dos acontecimentos do Golpe de Estado, o Estado-Maior tem adoptado medidas e consubstanciam na restrição ilegais dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, tais como:

A. Encerramento compulsivo e ilegal de todos os órgãos de comunicação social, excepto a radio Nacional;

B. Actos de intimidação que traduziram na repressão brutal e consequente agressão dos jovens e mulheres numa manifestação pacífica que resultou em dois feridos entre as quais um em estado gravem;

C. Interdição sistemática das manifestações pacíficas contra o golpe do estado, à margem das leis, em vigor na Guiné-Bissau;

D. Pilhagens e vandalismos nas residências dos membros do governo e outras figuras politicas;


E. Espancamento dos cidadãos inocentes nomeadamente, Jornalista António Aly Silva a cantora Dulce Neves, Mário Mussante Director Geral da APGB e Octávio Morais este último residente em são Domingos, conduzido para parte incerta;

Face a estes factos, a Direcçao Nacional da Liga delibera os seguintes:


1. Condenar veementemente as violações recorrentes dos direitos humanos protagonizadas pelas Forças Armadas;

2. Exigir do Estado-Maior General das Forças Armadas, a adopção de medidas conducentes à abertura imediata de todos os órgãos de comunicação social,

3. Exortar ao Estado-maior General para abster-se de comportamentos e medidas que visam impedir aos cidadãos de exercerem os direitos e liberdades fundamentais, nomeadamente, liberdade de reunião, manifestação e de livre expressão das suas opiniões;

4. Exigir do estado-maior a devolução de todos os bens privados injustamente subtraídos aos cidadãos;

5. Exortar a responsabilização disciplinar e criminal de todos os implicados em actos de pilhagens e de espancamentos dos cidadãos;

6. Apelar mais uma vez a comunidade internacional sobre a premente necessidade de adoptar medidas adequadas com vista a uma rápida resolução da crise instalada com consequências gravosas para o quotidiano das populações;

7. Solidarizar-se com a paralisação laboral decretada pelas duas centrais sindicais, UNTG e CGSI-GB, exortando-as a manterem firmes nas suas posições, em prol da estabilidade e respeito pela ordem democrática e constitucional.

Feito em Bissau aos 16 dias do mês de Abril 2012

A Direcçao Nacional

Guiné-Bissau: Cinco candidatos que contestaram eleições condenam golpe e repudiam declarações da CPLP

Bissau, 16 abr (Lusa) - Os cinco candidatos que contestaram as eleições presidenciais da Guiné-Bissau condenaram hoje o golpe de Estado da passada quinta-feira e repudiaram "os insultos proferidos nas declarações" da CPLP sobre o assunto.

Em conferência de imprensa, coube a Kumba Ialá, presidente do PRS, ler um comunicado dos cinco candidatos, em que afirmam que a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), "numa demonstração de pura ignorância ou conveniência", quer transformar os contestatários "no bode expiatório do golpe de Estado".
FP.

Guiné-Bissau: UE está ao lado dos líderes democraticamente eleitos e não tolerará golpes -- Durão Barroso

Bruxelas, 16 Abr (Lusa) -- O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, advertiu hoje em Bruxelas que a União Europeia está ao lado dos líderes democraticamente eleitos na Guiné-Bissau e "não tolerará golpes contrários à Constituição guineense e ao Estado de direito".

José Manuel Durão Barroso, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reclamou a "libertação imediata" dos líderes políticos guineenses e sublinhou que a comunidade internacional responsabilizará aqueles que os capturaram se a sua segurança for posta em causa.
ACC.

Ditadura do Consenso Informa

ULTIMA HORA: BCEAO decide fecho de todas as instituicoes bancarias no Pais, ate a completa normalizacao, e por falta de seguranca. AAS

Conmando Militar solicita intermediação de amos Horta

O então presidente de Timor, José Ramos Horta, foi contactado pelo comando militar, que esta a frente do golpe de estado na Guiné Bissau, no sentido de se deslocar a esse país africano, intermediar as conversações entre as partes, no sentido de se encontrar uma via para a resolução do conflito.

O Presidente de Timor disse estar aberto a uma possivel colaboração, colocando como condição a libertação incondicional do candidato presidencial Carlos Gomes Junior e do ex Presidente interino Raimundo Pereira. Ramos Horta exigiu garantias de que os mesmos estão a ser bem tratados e não estarem a sofrer sevícias.

José Ramos horta disse que uma mediação da CPLP passaria necessariamente pela libertação incondicional dos detidos.

Recordamos que nas suas primeiras declarações a proposito da situação na Guiné Bissau, o presidente de Timor, teria manifestação a sua disponibilidade em colaborar para a resolução do conflito. Na ocasião, Ramos Horta teria avançado igualmente nomes do ex presidente moçambicano Joaquim Chissano e do Ex presidente Pedro Pires, de Cabo Verde.

domingo, 15 de abril de 2012

Guiné-Bissau: Espaço marítimo e aéreo interditado pelas Forças Armadas

Bissau, 15 abr (Lusa) - As Forças Armadas da Guiné-Bissau interditaram a partir de hoje o espaço marítimo e aéreo "aos tráfegos provenientes do estrangeiro", por uma questão "de segurança nacional e de salvaguarda da entidade territorial da Guiné-Bissau".

Em comunicado, as Forças Armadas dizem que tal decisão implica "dizer que qualquer outra operação de entrada" no país, "quer por via marítima terrestre ou aérea, só se efectuará com uma autorização prévia do Estado-maior, mediante a apresentação dos planos e objectivos desta operação, com a respectiva indicação das referências técnicas dos aparelhos que eventualmente estarão implicados na operação".

A medida de carácter militar, acrescentam, não porá em causa o processo de saída dos efectivos militares angolanos da Missang, "já em curso no país, devidamente autorizada pelo Estado Maior".

A aventura dos militares em Bissau condenada pelo mundo

São Tomé
Presidente da República condena golpe de estado militar na Guiné-Bissau

São Tomé - O chefe de Estado de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, reagiu a situação político militar na Guiné-Bissau e condenou de forma ''clara e inequivoca'' o golpe de Estado militar ocorrido naquele país da África ocidental.

Em comunicado enviado à STP-Press, o líder são-tomense assinala que acompanha com ''especial atenção e preocupação'' o levantamento militar que resultou na detenção dos príncipais líderes bissau-guineenses, "democraticamente eleitos", afirmando que teme pela vida nomeadamente do Primeiro-ministro, Carlos Gomes Junior, e do Presidente interino, Raimundo Pereira.

Moçambique condena golpe de Estado em Bissau

O GOVERNO moçambicano condenou sábado, “veementemente” o golpe de Estado na Guiné-Bissau, desencadeado no dia 12 do corrente mês por militares e reiterou o seu total apoio aos esforços internacionais para o restabelecimento da ordem constitucional naquele pais.

Executivo angolano reitera contínuo apoio e solidariedade à Guiné-Bissau

Luanda - O ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem, reiterou hoje, em Luanda, a posição do Executivo angolano em continuar prestar total apoio e solidariedade à República da Guiné-Bissau, embora se ter dado por findo o programa da missão militar angolana neste país africano.

Guiné-Bissau: Cabo Verde condena veementemente a “tentativa” de golpe de Estado

Cidade da Praia, 13 Abr (Inforpress) – O governo de Cabo Verde condena veementemente a tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, disse hoje o primeiro-ministro, José Maria Neves, salientando que nada justifica o “levantamento militar” num país democrático.

ONU condena golpe e reclama o regresso do governo civil na Guiné-Bissau

O Conselho de Segurança da ONU "condenou firmemente" o golpe na Guiné-Bissau e pediu o regresso do poder civil, depois de os militares terem detido o primeiro-ministro, o Presidente e outros membros do Governo.

Guiné-Bissau: PR condena "veementemente golpe de Estado" e apela a posição firme da comunidade internacional

Mafra, 12 abr (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, condenou hoje "veementemente o golpe de Estado na Guiné-Bissau na noite passada" e apelou a uma posição "firme e determinada" da comunidade internacional.

Brasil condena o golpe militar na Guiné-Bissau

O golpe militar deflagrado na Giné-Bissau na noite da última quinta-feira (12) provocou manifestações de repúdio de governos que fazem parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e de países africanos.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nota na qual “condena veementemente” o golpe e recomenda ao comando militar que está à frente do golpe a libertação imediata das pessoas presas.

UE condena golpe militar e adverte que "não apoiará governo ilegítimo" na Guiné Bissau

Bruxelas, 14 abr (Lusa) - A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, condenou hoje veementemente o golpe militar na Guiné-Bissau e advertiu que a Europa "não apoiará um governo ilegítimo".

Desde Bissau um pedido de ajuda no Face Book

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XXXXXXXX (suprimi o nome)
Gente acabei de receber este pedido de ajuda de interlocutores meus da Guiné, para onde sigo ainda hoje:

Assunto: LEIAM É IMPORTANTE

AMIGOS E FAMÍLIA,

ESTE É UM PEDIDO DE DESESPERO, AJUDEM-NOS DESDE FORA, FAÇAM VER QUE A NOSSA SITUAÇAO AQUÍ PENDE DE UM FIO. ESTAMOS ASSUSTADOS.

NAO PODEMOS FALAR POR TELEFONE , HA ESCUTAS E TUDO O K DIZEMOS É COM O MEDO DE SERMOS OUVIDOS, NAO PERGUNTEM NADA SE FALARMOS. EM SEGUIDA VEM ALGUEM À TUA CASA BUSCAR-TE OU AMEAÇAR-TE.

TEMOS MEDO PORQUE NAO PODEMOS EXPRESSAR-NOS, NAO PODEMOS MANISFESTAR-NOS E NEM PODEMOS REUNIR-NOS EM GRUPOS.
SENTIMOS-NOS COMPLETAMENTE OPRIMDOS E SUFOCADOS. POR ISSO PEDIMOS A TODOS
VOCÊS GUINEEENSES QUE ESTAO FORA NO ESTRANGEIRO E PODEM GRITAR,
GRITEM POR NÓS,QUE SEJAM A NOSSA VOZ LÁ FORA E DIVULGUEM O K SE ESTÁ A PASSAR. AJUDEM-NOS A FAZER CHEGAR A NOSSA VOZ AÍ FORA.
PEÇO-VOS USEM AS REDES SOCIAIS, O FACEBOOK E DIVULGUEM ESTA MENSAGEM:

“BASTA DE VIOLÊNCIA NA GUINÉ-BISSAU. O POVO NAO AGUENTA MAIS”.

PEÇO A AJUDA DE TODOS QUE RECEBEREM ESTA MENSAGEM QUE SAO DA MINHA CONFIANÇA, QUE APAGUEM O REMITENTE E ENVIEM A MENSAGEM AO MAXIMO DE PESSOAS DA COMUNIDADE GUINEENSE NO EXTERIOR PARA QUE TOMEM UMA POSIÇAO, QUE GRITEM POR NÓS QUE NAO PODEMOS FAZE-LO.
ESTAMOS SUFOCADOS, ANGUSTIADOS E TEMOS MEDO DAS REPRESÁLIAS.
TODOS OS QUE PARTICIPAMOS NA CAMPANHA ESTAMOS AMEAÇADOS, ESTAMOS CONTROLADOS E SOMOS VIGIADOS.
SENTIMOS UM SUFOCO TAO GRANDE QUE REVOLTA.
NEM UMA MARCHA PELA PAZ NOS PERMITEM FAZER…

GRITEM POR NÓS…AJUDEM-NOS A FAZER O MUNDO SABER QUE ESTAMOS CANSADOS…QUE NAO PODEMOS CONTINUAR ASSIM.
CHEGA DE VIOLÊNCIA NESTE PAÍS.

OBRIGADO

Primeiro-ministro guineense obrigado a assinar resignação

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, e o presidente interino, Raimundo Pereira, foram levados para o Forte D'Amura, em Bissau, e estão a ser obrigados a assinar o documento de resignação aos respectivos cargos. As famílias dos dois políticos temem que os militares estejam a usar meios menos apropriados para conseguir esse objectivo.

O comando militar que assumiu o poder através de um golpe de Estado pretende levar avante o seu plano de formar um governo de unidade nacional liderado por Henrique Rosa, sendo Kumba Ialá o presidente.

A persistência neste acto, apesar da condenação internacional, já está causar divisões na ala militar e, sabe o CM, ontem foi detido em Bissau um militar de alta patente, Mário Có, que condena o golpe.

A posição enérgica da CPLP, que se mostra disposta a intervir militarmente, já provocou várias deserções nas fileiras do exército.

UNTG & CGSI-GB APELAM À GREVE GERAL

COMUNICADO CONJUNTO

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau, e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes, ambas Centrais Sindicais, foram surpreendidas com mais uma sublevação militar e consequente alteração da ordem constitucional, cujas consequências do ponto de vista político, económico, social e laboral são incalculáveis.

A democracia reserva a cada sensibilidade social, incluindo aos sindicatos enquanto representantes da classe trabalhadora, o dever de velar pela promoção de um ambiente politico susceptível de assegurar um panorama económico e financeiro adequado às aspirações da sociedade e dos trabalhadores em particular.

Por conseguinte, o status quo provocado pelo golpe de estado anunciado no pretérito dia 12 de Abril do ano em curso, mergulhou o país numa crise sem precedentes com consequências que comprometem substancialmente a vida dos trabalhadores e das suas famílias, ou seja, coloca a Guiné-Bissau perante um descalabro social, ao qual a classe trabalhadora não pode ficar indiferente.

Perante estes factos e em pleno exercício dos direitos cívicos e laborais, a UNTG e a CGSI, deliberam em conjunto o seguinte:

1. Condenar com veemência a alteração da ordem constitucional e democrática;

2. Exortar a todos os trabalhadores em geral a manterem-se nas suas respectivas residências ate a restituição da normalidade constitucional;

3. Apelar a mobilização em massa de toda a classe trabalhadora, observando apenas o respeito aos serviços mínimos obrigatórios nos sectores essenciais, saúde, portos e aeroportos;

4. As duas centrais sindicais advertem que esta paralisação laboral prosseguir-se-á se não houver a reposição da ordem constitucional democrática.

Feito em Bissau aos 15 dias do mês de Abril 2012
Estêvão Gomes Có Filomeno Cabral

(com Ditadura do Consenso)

Os partidos políticos da oposição decidiram criar um Conselho Nacional de Transição

Bissau, 15 abr (Lusa) - Os partidos políticos da oposição na Guiné-Bissau decidiram criar um Conselho Nacional de Transição, que irá depois escolher um Presidente e um primeiro-ministro de transição, até à realização de eleições.

Depois de uma reunião que começou de manhã e que só terminou ao anoitecer, o porta-voz dos partidos, Fernando Vaz, disse que na segunda-feira será discutida e aprovada uma Carta de Transição, na qual se define o número de pessoas que esse Conselho terá, o tempo de duração da transição e quem será o Presidente e o primeiro-ministro.

"A criação do Conselho Nacional de Transição implica a dissolução do Parlamento", disse Fernando Vaz, admitindo que tudo será concluído já na segunda-feira.

Bissau espara ainda por esclarecimentos sobre a situação política

Noticias de Bissau dão conta que o Comando Militar, que na quinta-feira tomou o poder na Guiné-Bissau, voltou hoje a mandar encerrar as rádios privadas, segundo a "Lusa" de fontes das emissoras.


Por outro lado é sabido, segundo blogs de que desde Bissau actualizam os acontecimentos, que a mulher do primeiro-ministro, Salome Gomes, esta refugiada na Embaixada de Portugal em Bissau.

Os partidos da oposição estão desde a manhã de hoje reunidos na busca  de uma solução para a situação que se vive no país.  


Noticias dão ainda conta que os militares estão a dificultar o acesso do pessoal médico e enfermeiros ao principal hospital do país, o Hospital Simão Mendes. Situação que vem piorar ainda mais a extremanete difícil situação laborar neste estabelecimento. 

Sabe-se que a Unidade hospitalar tem disponível para hoje, somente 200 litros de combustivel, que dará, segundo os calculos, para até o início da noite, uma vez que desde o levantamento militar o fornecimento de energia electrica na capital, está grandemente comprometido.