domingo, 22 de abril de 2012

Guiné-Bissau: Apelo ao PAIGC para ajudar a negociar saída crise

Elementos que representam mais de cem organizações da sociedade civil, que este domingo reuniram-se no Parlamento da Guiné-Bissau, apelaram ao PAIGC, maior partido do país, para participar nas conversações com militares de modo a ultrapassar a crise política.

Os apelos foram feitos à saída de uma série de reuniões que estão a decorrer no Parlamento guineense para tentar encontrar uma saída para a crise criada com o golpe de Estado. Em nome do Movimento da Sociedade Civil (plataforma que junta mais de 100 organizações), Filomeno Cabral disse aos jornalistas que "sem o PAIGC será impossível encontrar-se uma saída à crise" existente.

"Condenamos o golpe, apelamos o regresso à normalidade democrática e constitucional através do Parlamento e da devolução do poder ao PAIGC", disse Filomeno Cabral, salientando que esta é o posicionamento das organizações da sociedade civil.

O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) recusa-se a participar nas reuniões com os militares autores do golpe de Estado alegando que só aceita dialogar após a libertação do seu líder e primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, bem como Raimundo Pereira, Presidente interino do país, ambos detidos, em parte incerta, pelos militares.

De acordo com este activista, o Movimento da Sociedade Civil vai procurar "fazer a ponte" entre o PAIGC e os autores do golpe no sentido de convencer o partido de Carlos Gomes Júnior a aceitar vir para as conversações.

"A sociedade civil vai fazer a ponte e chamar o PAIGC à razão para vir à mesa das negociações, para que possa colocar as suas condições, isto é, a exigência de libertação dos seus líderes. Será necessária a presença do PAIGC nas negociações para a saída desta crise", observou Filomeno Cabral.

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