quinta-feira, 19 de abril de 2012

Guiné-Bissau: Governo de transição será técnico e não político - Comando Militar

Bissau, 19 Abr (Lusa) - O Comando Militar que tomou o poder na Guiné-Bissau diz que o Governo de transição será mais técnico e menos político e aberto ao maior partido (PAIGC), para "arrumar o país" em dois anos, a começar pelas Forças Armadas.

Em entrevista à Lusa em Bissau, Daba Na Walna, porta-voz do Comando Militar das Forças Armadas, diz que vai propor os nomes dos vice-presidentes da Assembleia Nacional Popular (Serifo Nhamadjo e Sori Djaló) para cargos de condução do governo de transição, após o golpe de Estado 12 de abril, e justifica o motivo para dois anos de transição com uma questão de disciplina nas forças armadas.

Faz também um balanço do estado das Forças Armadas da Guiné-Bissau, lamenta situações de pânico e admite que tenham havido excessos dos militares, quando do golpe, nomeadamente o roubo de bens pessoais de políticos guineenses. "Ouvi falar (das pilhagens), é natural que numa situação destas e com as Forças Armadas que temos, que não têm disciplina militar - eu costumo dizer, isto aqui é um 'bando armado' - é um perigo com que estamos a lidar, tem de haver regulamento da disciplina militar. É por isso que pedimos uma transição de dois anos, para que se faça o trabalho de casa", diz.

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